Outro dia fui ao Cemitério São João Batista (Fortaleza) com alguns amigos.
Eu sempre evitei Cemitérios, mortos e qualquer assunto relacionado a isso
Sempre tive pânico da morte. Tenho medo dela , tenho medo de peder pessoas queridas.
Talves seja resquicios da religiosidade, durante muito tempo vivi atormentado com a possibilidade de ir para o Inferno e passar a eternidade queimando e sendo atormentado pelo diabo ou quem sabe ficar entediado com os anjinhos sem sexo tocando harpa o dia inteiro e vestido de branco (panico de usar aquele vestidinho branco sem nem um decote).
O fato é que me deparei com a cena que me deixou sem chão, sem ação, e reflexivo.
Uma mãe que chorava desoladamente a morte do filho eu caminhava de encontro aprocissão
A mulher amparada pelos amigos soluçava e perguntava a Deus o porque ?
-Meu Deus porque meu filho, não!! Meu filho Não!
Não sei o motivo da morte.
Não sei a idade do morto.
Não sei se quer se existia um morto, se existia uma mãe ou pessoas velando um corpo.
Naquele momento eu não existia , eu tinha vergonha de respirar, de pisar, de ser.
Não sei porque motivos nascemos e muito menso porque deixamos de viver.
Sei que é tão doloroso e realmente questionavel porque algumas pessoas partem tão cedo e outras parecem que nunca se vão.
Viver é tão perigoso , tão fácil e tão contráditório.
As vezes tenho vontade de parar. de deitar próximo a uma árvore e virar raiz.
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