segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Primeiro a Vida depois a Morte depois a Vida

Outro dia fui ao Cemitério São João Batista (Fortaleza) com alguns amigos.


Eu sempre evitei Cemitérios, mortos e qualquer assunto relacionado a isso


Sempre tive pânico da morte. Tenho medo dela , tenho medo de peder pessoas queridas.


Talves seja resquicios da religiosidade, durante muito tempo vivi atormentado com a possibilidade de ir para o Inferno e passar a eternidade queimando e sendo atormentado pelo diabo ou quem sabe ficar entediado com os anjinhos sem sexo tocando harpa o dia inteiro e vestido de branco (panico de usar aquele vestidinho branco sem nem um decote).


O fato é que me deparei com a cena que me deixou sem chão, sem ação, e reflexivo.


Uma mãe que chorava desoladamente a morte do filho eu caminhava de encontro aprocissão


A mulher amparada pelos amigos soluçava e perguntava a Deus o porque ?


-Meu Deus porque meu filho, não!! Meu filho Não!


Não sei o motivo da morte.


Não sei a idade do morto.


Não sei se quer se existia um morto, se existia uma mãe ou pessoas velando um corpo.


Naquele momento eu não existia , eu tinha vergonha de respirar, de pisar, de ser.


Não sei porque motivos nascemos e muito menso porque deixamos de viver.


Sei que é tão doloroso e realmente questionavel porque algumas pessoas partem tão cedo e outras parecem que nunca se vão.


Viver é tão perigoso , tão fácil e tão contráditório.


As vezes tenho vontade de parar. de deitar próximo a uma árvore e virar raiz.

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